Quem ainda não conseguiu usar o Fundo de Garantia (FGTS) na compra da casa própria terá mais uma oportunidade. Está em discussão uma proposta para ampliar volume do FGTS na aquisição de imóveis financiados. A mudança vai contribuir para ativar a venda de residências e reduzir o déficit habitacional no país.
A alteração beneficia pessoas que não conseguiram fazer uso desse o saldo do fundo na assinatura do contrato porque o valor do imóvel superava o teto existente na época. Esses mesmos interessados poderiam se enquadrar nas regras se fosse feita uma nova avaliação do imóvel, considerando o limite de R$ 750 mil, que passou a valer em setembro do ano passado. Até esse período, o valor máximo era de R$ 500 mil para avaliação dos imóveis nos quais era possível usar o FGTS e que se enquadram no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que tem juros mais baixos.
O objetivo é beneficiar principalmente quem fechou o financiamento poucos meses antes da alteração no limite de avaliação do imóvel, que, com isso, poderão usar o FGTS para abater a dívida. A medida, se aprovada, vai atingir todos os financiamentos, independentemente da data em que foram fechados.
Esse valor se refere ao teto para São Paulo, Rio , Minas e Distrito Federal. Para os demais estados, é de R$650 mil. Hoje, só pode fazer isso quem comprou um imóvel que estava enquadrado nas regras do FGTS na data de assinatura do contrato. A proposta foi apresentada pelas centrais sindicais ao Conselho Curador do FGTS. Agora, depende da aprovação dos conselheiros, ligados ao governo e aos empregadores. Se a alteração for aprovada, os interessados poderão usar o dinheiro do Fundo também para abater prestações do consórcio imobiliário.
“A iniciativa é positiva, porque mais pessoas irão poder quitar o imóvel. Hoje em dia a pessoa não tem um grande valor para dar de entrada, e o FGTS ajuda”, disse o vice-presidente do Secovi-Rio, Leonardo Schneider.
Um estudo da Fundação João Pinheiro, em parceria com o Ministério das Cidades, revela que o déficit habitacional cresceu 10% entre 2011 e 2012 em nove metrópoles brasileiras, monitoradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Hoje, são 1,8 milhão de famílias sem residência adequada nessas regiões. No Rio, o número dessas famílias passou de 299.649 em 2011 para 331.260 em 2012.
Medida deixa feirões mais atrativos
A medida vai aquecer o mercado imobiliário e deixar ainda mais atrativos os feirões da Caixa Econômica Federal, que devem ocorrer no Rio entre abril e maio de 2015. Este ano, o evento ofereceu mais de 29 mil unidades e apresentou uma novidade: quem contratou o financiamento no Feirão poderá começar a pagar a primeira prestação em janeiro de 2015.
O evento reúne, num único espaço, representantes de todo o segmento da habitação: construtoras, corretores, cartórios e técnicos da própria Caixa, responsáveis por analisar e autorizar os financiamentos. O cliente pode conhecer o imóvel, dar entrada na documentação necessária ao financiamento e até fechar o negócio.
As linhas de financiamento para a casa própria da Caixa atendem a todas as faixas de renda familiar, com prazo de pagamento de até 35 anos e taxas de juros a partir de 4,5%.Segundo o superintendente da Caixa no Rio, José Domingos Martins, o Feirão é uma excelente oportunidade para os clientes realizarem o sonho da casa própria com mais comodidade. “Lá, eles podem conhecer e comparar os imóveis ofertados pelas principais construtoras e imobiliárias do Rio, aprovar o financiamento e até assinar a escritura”, explica.
Para requerer o crédito para casa própria no Feirão, basta levar documento de identidade, CPF e comprovante de renda. Também pode obter informações em agências da Caixa, pelo telefone 0800-726-0101 e também fazer simulações do crédito imobiliário no site da Caixa (www.caixa.gov.br).
Fonte: O Dia