O TST (Tribunal Superior do Trabalho ) manteve uma condenação contra as Casas Bahia e determinou o pagamento de R$ 15 mil por danos morais a uma de suas vendedoras. De acordo com a Justiça, ela era obrigada a enganar clientes embutindo a garantia no preço dos produtos e arredondando para cima juros sem o conhecimento dos fregueses.
Procurada pela Folha, a Via Varejo, que administra as marcas Casas Bahia e Pontofrio, disse que tomará as “medidas judiciais cabíveis” contra a decisão do TST.
Devido às práticas enganosas, a vendedora alegou que era alvo da ira dos consumidores quando a estratégia de venda era descoberta. No processo, disse que foi xingada de ladra por alguns dos clientes.
No processo, a vendedora disse ainda que os funcionários que não atingiam as metas de venda da empresa eram obrigados a ficar “na boca do caixa” oferecendo produtos a quem ia pagar carnês.
Outra reclamação é a de que os chefes chamavam de “fraquinhos” e diziam que já estavam “velhos” os vendedores que não cumpriam metas, e sugeriam que os insatisfeitos pedissem demissão.
De acordo com a Justiça, todos estes fatos ficaram devidamente comprovados por meio dos depoimentos de testemunhas, por isso a fixação de R$ 15 mil de danos morais como forma de compensar a vendedora.
OUTRO LADO
Questionada sobre a decisão judicial, a Via Varejo disse que pauta suas ações no respeito e na transparência com seus clientes.
“A empresa esclarece que segue as determinações do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) para a venda de garantia estendida. O serviço é ofertado aos clientes no ato da compra de um produto, quando são apresentadas todas as informações necessárias, seguindo as diretrizes do Código de Defesa do Consumidor.”
Em nota, a empresa disse ainda que não admite que seus gestores tenham comportamento “arrogante, discriminatório e desrespeitoso com os seus subordinados”.
Fonte: Folha Online