Mesmo entre os consumidores mais experientes, que pagam seguro de automóvel há tempos, as dúvidas sobre os tipos de franquia e como elas funcionam são recorrentes.
Muita gente sequer sabe, por exemplo, que existem quatro tipos de franquias disponíveis no mercado brasileiro e que elas podem ser mais adequadas para um ou outro caso, dependendo do perfil do proprietário do veículo.
Segundo Maurício Antunes, diretor de Marketing da plataforma online Bidu (bidu.com.br), que é especializada na comparação e contratação de seguros, é fundamental entender que a franquia é o valor que o segurado deve pagar toda vez que acontecer um dano parcial ao seu veículo. É uma espécie de contrapartida do proprietário quando a seguradora vai pagar por um sinistro (qualquer evento em que o bem do segurado sofre acidente ou prejuízo material).
A modalidade de franquia influencia diretamente em quando, quanto e como você vai pagar o seu seguro. Tenha em mente sempre que quanto maior o valor da franquia, menor vai ser o valor total do seguro que o consumidor paga sempre à vista ou parcelado ao longo do ano.
“As franquias são opções que as seguradoras dão aos seus clientes, para que possam escolher a melhor forma de ‘moldarem’ o seguro de seus carros”, afirma Antunes.
Conheça os conceitos:
Franquia básica: é a mais comum e também a que apresenta maior equilíbrio entre o preço da franquia e o do seguro.
Franquia reduzida: é a franquia mais barata (quase metade do que se pagaria no caso da básica), mas com o seguro total é mais caro.
Franquia ampliada: neste caso o valor do seguro é bem menor, em compensação, consequentemente, a franquia tem o preço alto.
Franquia isenta: neste caso, a vantagem é que não há cobrança de franquia inicialmente. Mas o seguro, consequentemente, é bem mais caro. Importante entender que o limite para a isenção da franquia é de uma ocorrência, assim, a partir da segunda, cobra-se pela franquia. Poucas seguradoras trabalham com esta modalidade.
Cobertura: outros quinhentos
Interessante saber que as modalidades de franquia interferem somente na forma e no valor do seguro. A cobertura oferecida (para inundações, furtos, colisões…) deve ser estudada à parte antes da contratação. O assunto deve ser analisado paralelamente, considerando as necessidades peculiares de cada consumidor.
Por exemplo: se você mora em um lugar com transporte público precário, deve priorizar um modelo que disponibilize o carro reserva por mais tempo.
Se viaja bastante, deve priorizar uma alta quilometragem de guincho disponível. Se costuma parar o carro na rua, pode priorizar a cobertura de prejuízos com vidros.
Fonte: Folha Online